Vila da Ribeira Brava, 01 Mar (Inforpress) – A situação de energia eléctrica em S. Nicolau e, relativamente, estável, não obstante os cortes esporádicos que se verifica na rede aérea (media tensão). Os cortes têm sido, no entanto, por curtos períodos, e devido a curto-circuito na rede rural.
Este ano, já se registaram interrupções no fornecimento da energia por duas vezes, sendo a primeira em Janeiro e a última no passado dia 15. O delegado da Electra em S. Nicolau, Artur Jorge Silva, considera que a situação de energia nesta ilha é boa, comparada com a que existe na maioria dos municípios do país.
Em termos de potência instalada, esse responsável disse que S. Nicolau dispõe de uma potência de dois mil 195 kva, quando a ponta máxima é de 920kw. A central eléctrica, que se situa na vila do Tarrafal, é servida por três grupos electrogéneos, sendo a mais potente de mil e 100 kwa e as outras duas de 775kva e 320kva, respectivamente.
Para reforçar essa potência, um quarto grupo (mil kva) já está em S. Vicente, pronto para ser embarcado para esta ilha. Em termos de cobertura eléctrica, S. Nicolau tem uma situação confortável no cômputo nacional.
Conforme aquele responsável, esta ilha tem uma taxa de cobertura de 79,8%, que é superior à media nacional. Apenas quatro povoações da ilha não desfrutem ainda de luz eléctrica, ou sejam, Carriçal, Belém, Covoada e Ribeira Prata. Os materiais para electrificação de Belém já se encontram, entretanto, na Praia.
O delegado local da Electra garantiu à Inforpress que os trabalhos da electrificação daquela pequena povoação da zona leste da ilha iniciam-se na primeira semana de Abril.
Alem de Belém, o Governo, por ocasião do Conselho de Ministros descentralizado nesta ilha, anunciara que Covoada e Ribeira Prata receberiam energia eléctrica em 2008. A construção da central única consta do plano de actividades da Electra para este ano de 2008.
Será implantada no litoral do Tarrafal, na zona denominada Ponta Preta. A produção e distribuição de energia eléctrica em S. Nicolau, a avaliar pelos dados fornecidos pela delegação local da Electra é, claramente, deficitária em termos económicos. As receitas provenientes das cobranças nem chegam para cobrir os gastos com os combustíveis, indica o responsável local da empresa.
Conforme Artur Jorge Silva, a média mensal da cobrança é da ordem dos oito milhões 770 mil escudos, enquanto a média mensal dos gastos com os combustíveis aproxima-se dos oito milhões 940 mil escudos representando um deficite mensal na ordem dos 170 contos.