Equipa técnica do PNMG realiza estudos para elaboração plano gestão

Vila da Ribeira Brava, 12 Abril 08 (Inforpress) – A direcção do Parque Natural de Monte (PNMG) tem em preparação a elaboração do respectivo plano de gestão, o qual tem por objectivo a preservação da biodiversidade do meio ambiente local e a defesa dos aspectos paisagísticos de toda a área que confina o parque.

Nesse quadro, vários estudos sobre a realidade daquela região já foram realizados, seja no tocante a fauna e flora, seja no tocante a situação socio-económica das famílias que vivem ao redor do parque, bem como os relacionados com o uso das terras.

O último estudo realizado teve por objectivo a elaboração de uma proposta de zoneamento e normativa do PNMG, a qual foi discutida, sexta-feira, na vila da Ribeira Brava, com vários agricultores, criadores de gado e membros de associações comunitárias de todas as áreas protegidas da região daquele parque, localizadas em Cachaço, Canto de Fajã, Hortelã, Fragata, Ribeira dos Calhaus e Cabecalinho.

Com a proposta de zoneamento, a equipa técnica do PNMG pretende clarificar e definir, em conjunto com as populações locais, os usos de cada zona do parque, no tocante nomeadamente às praticas da agricultura e pecuária, tendo em vista a preservação da biodiversidade e a defesa dos aspectos paisagísticos de toda área protegida.

O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Amílcar Spencer Lopes, que fez a abertura do encontro para a apresentação e discussão da proposta de zoneamento e normativa, disse, na ocasião, que é “fundamental que o parque funcione em harmonia”.

Segundo Amílcar Spencer Lopes, o PNMG existe há muitos anos, com as pessoas a viver lá, pelo que há coisas que têm de ser respeitadas.

O actual autarca da Ribeira Brava mostra-se, porém, confiante no futuro daquele parque, porque havendo uma discussão aberta e responsável de todas as propostas e planos que se tem para Monte Gordo e áreas afins, o interesse público compatibiliza-se com o privado.

“Ao fim ao cabo, são as populações que vão ser os agentes e os beneficiários, são elas que vão trabalhar, agir e interagir, e são elas, também, para quem se está a trabalhar, no sentido de se conseguir resultados palpáveis”, considera Spencer Lopes.