Covoada mesmo electrificada, estará condenada se não for desencravada

Vila da Ribeira Brava, 02 Abr (Inforpress) – O censo geral da população em 2000 deu a localidade de Covoada 230 habitantes.


Oito anos depois, o número de pessoas que vivem naquela localidade não chega a 190.


Esse dado foi avançado à Inforpress pelo agente sanitário local, Bernardo Brito, que acompanha toda a vida da sua aldeia natal.

Bernardo Brito, que integra a Associação Comunitária de Desenvolvimento de Covoada, considera que a causa principal da diminuição da população dessa localidade está no seu encravamento.

“Já não falamos da electricidade porque esta já está próxima”, afirma.

Segundo esse agente comunitário, muitas das famílias que saíram de Covoada para se fixarem na localidade vizinha de Fajã e na vila do Tarrafal, o fizeram com a intenção de voltarem às suas casas, caso a sua aldeia venha a ser desencravada.

“Não sou eu que digo, pois, são as próprias pessoas que alimentam a esperança de um dia regressarem a sua aldeia”, acrescenta.

Bernardo Brito diz acreditar no regresso dos seus patrícios, porque, estes, ao se fixarem noutras localidades, sobretudo no Tarrafal, “tornaram-se mais pobres”.

“Aqui tinham uma profissão, porque dedicavam-se à agricultura e à criação de animais”, argumenta, para depois interrogar sobre o modo de vida daqueles que deixaram Covoada para se fixarem no Tarrafal.

Para Bernardo Brito, a estrada não tem que chegar à porta das casas da Covoada, pois chegando a Assomada já dava satisfação.