Vila da Ribeira Brava, 10 Jan (Inforpress) – O presidente da Comissão Concelhia do Movimento para a Democracia (MpD), em S. Nicolau, Luís Morais, pronunciou-se, esta manhã, sobre o processo de recenseamento eleitoral em curso nesta ilha, tendo chamado a atenção do Governo para algumas situações que ele considera “fragilidades” do sistema.
A título de exemplo, disse que, ontem, na localidade de Fajã, os dois kits disponibilizados à Comissão Recenseamento Eleitoral (CRE) neste município, estiveram, praticamente, inoperantes durante quase todo o dia, porque os mesmos não estavam em condições de funcionar.
Em consequência dessa situação, disse que muitas pessoas que se deslocaram aos postos de recenseamento tiveram que regressar à casa sem se recensearem.
O responsável local da Concelhia do MpD manifesta-se, portanto, preocupado com a funcionalidade dos dois kits, porque, em caso de avaria, “não existe nenhum outro equipamento suplementar, por forma a cobrir eventuais lacunas que disso possa advir”.
Luís Morais disse que tem a informação de que, em caso de avaria, os equipamentos devem ser enviados a Praia, para reparação, e devolvidos após o conserto. Tal situação não deixa de preocupar o responsável da Concelhia do MpD, tendo em conta as ligações desta ilha com a capital do pais. Afirma que essa ligação é “tão deficitária” e pode acontecer que o “equipamento vá e não volte”.
Com relação ainda ao recenseamento em curso neste município, disse que tem também a informação de que “há pessoas que estão a deslocar-se aos postos de recenseamento e que não estão inscritas na base de dados”, o que tem “causado algum constrangimento” no processo.
Conforme aquele responsável partidário, no município da Ribeira Brava pretende-se atingir um universo de mais de cinco mil pessoas e, “até a data de hoje”, precisa, “estamos a volta de duas mil pessoas recenseadas”. “Com esta velocidade, esse desiderato poderá estar comprometido”, afirma.
O presidente da Comissão Concelhia do MpD em S.Nicolau, não deixa de apelar às pessoas no sentido de se dirigirem aos postos de recenseamento, a fim de se recensearem ou, nas próprias palavras: “que sejam cidadãos de corpo inteiro e que se recenseiem para que possam estar em condições de exercer o seu direito de voto”.