Vila da Ribeira Brava, 03 Jan (Inforpress) – A vila da Ribeira Brava, tida como um lugar pacato e tranquilo em Cabo Verde, tende a perder este estatuto, devido a uma onda de roubos que se regista neste centro urbano desde há uns três ou quatro meses a esta parte.
A população está revoltada e pede que as autoridades dêem caça aos meliantes que se apoderam da coisa alheia e cortem o mal pela raiz, antes que seja tarde de mais.
Entre os moradores desta vila há quem já fale em agir por conta própria, caso os gatunos, que já estão identificados, não forem encarcerados. A preocupação da população é tanto maior, porque, além de assaltos às residências, uma pessoa já foi assaltada na via publica quando se dirigia para a sua casa.
Um dos gatunos de serviço nem tirou a noite de fim ano para festejar com os seus amigos, pois na madrugada desse dia assaltou a Igreja Nazarena bem como uma viatura que se encontrava estacionada em via pública.
Sobre a onda de roubos que se regista nesta vila, a Inforpress procurou conhecer, quarta-feira, a posição da Policial Nacional (PN), tendo o Chefe da Esquadra local, Leandro Delgado, discordado da caracterização que a população faz da presente situação.
Esse responsável policial disse que se esta a fazer “um empolamento” da situação, porque não se regista nenhuma onda de roubos. Disse que à polícia tem chegado algumas queixas de roubos, mas não acompanhadas de provas concretas de quem os praticou.
O Chefe da Esquadra local da PN informou, entretanto, que as suspeições recaem sobre dois indivíduos e os processos das queixas serão apresentados pela PN ao Tribunal até o final desta semana.
Dos dois indivíduos apontados pelos moradores desta vila como sendo os autores dos roubos já perpetuados, um deles é natural da vila do Tarrafal e outro da Ribeira Brava. Este último vivia fora de S. Nicolau há vários anos, tendo regressado à ilha faz poucos meses.
As denúncias à volta do suspeito do Tarrafal dão conta de que ele vem envolvendo duas crianças nos seus actos criminosos.