Fraude na Covoada: MpD reage a artigo de Mário Matos (direito de resposta)

A Comissão Política Concelhia do MpD na Ribeira Brava, em S. Nicolau leu e analisou, com atenção, o artigo panfletário do senhor Mário Matos (MM) publicado pela A semana on line, em 09-02-08, sob o título de “Alerta aos Ribeirabravenses”, contra o MpD e o seu candidato à Câmara Municipal de Ribeira Brava, na linha e com a mesma matriz, aliás, da notícia sob o título “S. Nicolau: PAICV reage sobre o caso da Covoada”, publicada no mesmo site, em 07-02-08.


Precisamente, por se tratar de um ataque virulento, mas estratégica e calculistamente pensado contra o candidato anunciado do MpD, àquele Município, o MpD pensa poder e dever exercer o direito de resposta ao artigo em referência, da mesma maneira que o senhor MM teve e tem o direito, democrático, de se colocar ao lado dos seus apaniguados, do seu Partido e dos seus candidatos e protegidos. Aliás, o senhor MM é dirigente do PAICV e seu Secretário para a Europa. Logo, com responsabilidades da primeira ordem, na condução e actual derrocada do seu Partido.
O MpD compreende, perfeitamente, a frustração e os traumas do senhor MM, possivelmente, resultantes do seu estado de saúde debilitada e periclitante. Porém, nem a doença nem a morbidez, justificam o fel, a hipocrisia e a desinformação destilados por MM, no seu alerta, referido.
Mas, afinal, quem estará frágil e desesperado na Ribeira Brava, em São Nicolau e no país? Será o MpD e o seu candidato à Ribeira Brava ou, bem pelo contrário, o PAICV, seus soldados e generais?
Repare-se que o senhor Eduardo Fortes, que foi autor material e falou da fraude eleitoral ocorrida na Covoada, em 2001, é militante, amigo e compincha dos dirigentes do PAICV e não do MpD. E a fraude em Covoada não é nem foi um fantasma. Agora, que mete medo ao PAICV e camaradas, mete medo, sim.
Quem terá sido os mandantes de tal crime? Quem é, afinal, essa gente sem rosto, de balalaica e pano di terra, que não vê a meios para alcançar os fins?
Dizer, pois, como diz o senhor MM, que as declarações do senhor Eduardo Fortes revelam ou demonstram o estado de desespero ou a fragilidade da candidatura do MpD à Ribeira Brava, é o mesmo que dizer que a desvinculação do Luís Pires, da sua condição de militante do PAICV, para candidatar-se, como independente, à Câmara Municipal de S. Filipe, demonstra o desespero da candidatura de Jorge Nogueira e do MpD à Câmara Municipal daquele Concelho.
Isto é, o senhor MM faz o habitual exercício do PAICV - aliás muito comum nos partidos de ideologia estalinista - de transferir os seus medos, traumas e horrores, para os seus adversários.
Pedimos, por isso ao senhor MM (se não é pedir demais a um outro Eduardo) que não utilize o jogo sujo e de baixo nível para justificar o dinheiro que vem recebendo do Estado de Cabo Verde, fruto do trabalho daqueles que labutam arduamente, aqui na terra, para assegurar o sustento de cada dia.
Que conhecimento ou intimidade de nós outros tem o senhor MM, para falar da “nossa querida Ribeira Brava”, da “nossa ilha” ou dos “nossos irmãos do Tarrafal”, nos termos em que se permitiu referir? Só a hipocrisia de um branqueador e falsário de serviço pode justificar tal linguagem. E nem nos venha dizer que, por ter estado aqui em São Nicolau uma vez, à custa do erário parlamentar, a comer lagostas com alguns Camaradas no Tarrafal, tem agora que saldar a dívida, desancando em quem não deve nem participou do banquete.
De facto, a Câmara Municipal, eleita, da Ribeira Brava não é levada ao colo pelo Governo, nem recebe benesses perdulárias de gestores corruptos.
Mas porque o senhor MM, no seu artigo em referência, também fala em competência e em curriculum, ocorre-nos perguntar-lhe:
O que ê que fez, enquanto Primeiro Responsável da JAAC, em S. Vicente, nos anos 70, Ministro da Agricultura, em 2001, Vereador não consumado da Câmara Municipal de SV, mais tarde, Vice-Presidente da Assembleia Nacional e Secretário-Geral do PAICV, até recentemente, para os cabo-verdianos verem ou se lembrarem dele, pela positiva?
Talvez, o epíteto de “sacaninha número um”, como era conhecido em Mindelo, em 75. Por isso, a sua crónica não nos surpreendeu. É pena, todavia, que o tempo e a idade não tenham conseguido amainar essa sua, conhecida apetência pela intriga, maledicência e desinformação.
Só temos a desejar-lhe, para finalizar, rápidas melhoras ou que o seu camarada “Baise“ consiga implementar a hemodiálise em Cabo Verde, para breve, para que ele venha “sisti na lórg”, aqui na Tapadinha, como um “cristõn” qualquer, em vez de estar a escrever da Corte da Internacional Socialista, em Lisboa, à custa do erário público cabo-verdiano e a coberto de benesses dos seus Camaradas, embora Cabo Verde e a classe política precisem de outro tipo de homens.

A Comissão Política Concelhia,
Luís da Graça Morais, Presidente